domingo, 19 de abril de 2009

Rédea

.
Fugiu da sombra da toca
Abriu as cortinas
E ao mundo se mostra.

Saiu da beira do tudo
E hoje decidiu
Ser a dona de seu mundo.

Não mais viver à deriva
Nem ocultar-se nas trevas
Ou chorar como menina.

Gira o leme como quer
E a sua nau conduzir
Ao norte, sul, inferno até.

Andorinha saiu a voar.
Tomou um sopro de vento
E alçou rumo por sobre o mar.



23 comentários:

  1. O que pode se chamar de uma poesia libertária!
    É o tipo de blog que fico feliz de poder ler quando venho comentar!

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  2. [Palmas, Assovios e Rosas]!! haushauhasuhasuhas
    Serio, que talento, moço...
    Olhando poesias assim eu vejo que as minhas nem podem receber esse nome =///

    Mtu lindo msm, ameiiii!!

    p.s. valeu pelo comment lah nu meu blog ;)


    Bju

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  3. Libertação!
    Andorinhas podem voar o quanto quiserem, mas nunca se esquecem do ninho de onde vêm.
    Só que poder escolher o que está por vir é uma dádiva e tomar a atitude de alçar vôo é uma decisão dura. E necessária, quando a vida 'tá muito arredia.
    Enfim... rs. Adorei o texto! E adorei o tema também. =) Deu um ar mais otimista ao blog!
    =)
    Beijo!

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  4. É, foi justamente essa a intenção. Dar uma renovada no ar... Depois eu escrevo algo mais azedo. Pra equilibrar. rs...

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  5. Eu gostei do poema, de verdade.

    eu mudaria apenas o título para, algo como... gaiola.

    entendi a intenção de por "Rédeas", mas, apenas ua opnião, não casou com o fato da andorinha.

    :)

    até mais...
    abraço

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  6. A primeira coisa que me veio à cabeça foi 'prisão', no entanto, não satisfez o desfecho. Por isso, optei por algo no sentido de controle, libertação... tomar as rédeas, pegar as chaves, abrir a porta e sair por aí. rs

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  7. Sim, eu percebi Raphael.
    Mas, você é um escultor de palavras.

    Logo você acha uma.

    :)

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  8. Muitoo linda essa poesia!
    ;*
    Rosilene
    www.mondovideo.blogger.com.br

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  9. Muito bonito.
    Apesar de achar que o pouco risco em formas e palavras sempre nos empurra um pouco para o lugar comum.
    arrisca mais cara!

    abs!

    http://martonolympio.blogspot.com/
    ...

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  10. É, depois de tudo pronto, percebi aquele cheiro comum... clichê. Mas nem sempre é fácil fugir do óbvio. O ser humano é limitado em sua capacidade de surpreender. E as emoções acabam por se repetir... [chavão! rs]. Como diz uma canção por aí: Quais são as palavras que nunca são ditas?

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  11. sendo assim eu queria ser ela, aia ai!
    abraços

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  12. Eita... que bonito!
    Eu digo o mesmo da guria ai de cima... sendo assim, eu queria ser ela!
    =)

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  13. Que lindo!
    Adoro esse tipo de poemas...

    "Não mais viver à deriva
    Nem ocultar-se nas trevas"

    Me fez refletir muito na verdade...

    Parabéns.
    www.caminhandoentrepanos.blogspot.com

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  14. Seu post me remete intimamente à busca ou , no mínimo, aceitação de quem nós somos e de onde viemos.

    Parece tão básico, mas... É muito complicado ser intreseco em todos os níveis.

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  15. Adorei, essa sensação de liberdade que você descreve tão bem se encaixou perfeitamente com o desfecho do poema.
    A imagem que complementa o término de tal é muito bela e de igual perfeição.

    Grande beijo

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  16. Sim meu velho, palavras são sempre as mesmas.
    Mesma as palavras velhas, são sempre meu sim.
    Sempre mesmas palavras, são o velho sim.

    É só testar.
    Mudar de lugar.
    Ou mudar do lugar?

    :)

    ps.: e longe de mim chamar algo de lugar comum.
    Disse sim para sempre fugirmos...
    Ou então, que mudemos para lá!

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  17. tá ficando famoso. curto e fino! beijo

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  18. Muito lindo teu texto, destaco a parte como mais linda essa

    Andorinha saiu a voar.
    Tomou um sopro de vento
    E alçou rumo por sobre o mar.

    BLOGdoRUBINHO
    www.blogdorubinho.cjb.net

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