quarta-feira, 25 de março de 2009

Insônia

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Não há um alguém sequer que faça um barulho.
Do presente, o livro, papel desembrulho.
E nem ouvidos tem pra ouvir minha voz.
Os minutos se passam, as folhas à sós.
Cento e tantos canais na tevê, tudo em vão.
Deixa soar alto essa música, então!
Nem isso traz de volta o contento.
Toda partitura aqui toca em desalento.
Percussão sem compasso, a voz desafina.
Apenas ruídos sem cor, nem harmonia.

Rima se escondeu, caiu da mão.
De mim fugiu toda a inspiração.
Navegar na rede, nem isso interessa.
Vou sair, correr, exercitar a pressa.
Mas preguiça o corpo consome.
Deitar, dormir. Esse é o nome!
De costas, de bruço, cabeça pra baixo...
Nem da cama hoje eu tenho um abraço.

Abro a janela, dia novo a raiar.
A cama não me quis, fui eu pro sofá.


10 comentários:

  1. Eu tenho um abraço! \o/
    Encomenda especial. rs
    Belo trabalho...

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  2. É. Você sempre tem. O bom é que dá pra devolver, sem deixar de ficar com ele. rs

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  3. Nunca tinha ouvido essa! rs
    mas... exatamente! =)

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  4. (...) É bom te ter de volta também. =)
    E foi bom te ver ontem! Apesar de nem falar contigo direito...

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  5. Nem sempre é necessário muito falar. Mas você realmente estava um tanto calada. rs

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  6. Muito bom, gostei do texto!!Ainda mais eu, que, vira-e-mexe, sofro de insônia...XD
    Muito bom, meso, acho que vc deveria escrevr um livro, cara!!^^
    Beijos

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  7. Gostei muito das imagens do blog... denota muito bom gosto... Estava lendo seus textos e percebi que você tem idéias muito boas e originais, só precisa desprender-se um pouco da rima nas poesias e prender um pouco mais ao ritmo... mas parabéns pelo blog!!!

    Eliude from Ode ao Ego

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  8. Obrigado. Eu ainda estou aprendendo...rs,

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